"Os três fatores mais importantes para o crescimento de um país ao longo prazo são, educação, educação e educação." Henrique Meirelles.
Enquanto governos, economistas e empresários discutem taxas de juros, sistemas de financiamento, valorização do dólar, arrecadação de impostos e subsídios para o setor produtivo, nossa educação definha com meros 5% de investimento do PIB.
O sistema educacional e a consequente produção de arquitetura no país não são exceções. Não adianta se iludir que estamos produzindo grandes revoluções tecnológicas ou arquitetura de qualidade internacional. Os modelos desenvolvidos durante os anos dourados das décadas de 50 a 70, em que vimos muitos dos expoentes se estabelecerem, ainda não foram superados e continuam representando paradigmas consideráveis nas escolas de arquitetura brasileiras. Planos ortogonais, linhas retas e racionalidade do espaço ainda dominam nosso repertório de projeto, basta ver as premiações do IAB e os pareceres dos jurados de concursos nacionais.
Concordo que seja realmente importante estudarmos e valorizarmos a história do país para que se mantenham os referenciais modernistas, mas o fato é que, sem investimentos maciços em educação em níveis fundamentais e superiores, não produziremos mentes e soluções suficientemente contundentes para a superação da atual estagnação produtiva e cultural do país. Continuaremos a reproduzir modelos produtivos baseado no auge da história econômica do país, ou seja, aqueles mesmos modelos engambelados da época do tal “milagre econômico” da década de 70 ou dos “50 anos em 5” de um sujeito chamado Juscelino Kubistchek.
Os novos problemas decorrentes das caóticas cidades brasileiras pouco entram nas agendas dos cursos de arquitetura e urbanismo. Não há luz no final do túnel se não investirmos maciçamente em soluções criativas, técnicas e coerentes com nossa época ou permaneceremos fechados para o futuro.
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